OTICS CENTRO

Rua Evaristo da Veiga, 16 - 2° Andar - Centro
Tel: 2220-2114

VISITANTES ONLINE

Crônicas e Poesias por Markito Moraes (AVS da CAP 1.0)



13/05 - DIVINO AMOR

Flor! Nem Sendo bela como és
Podes retratar a figura da mulher,
Não da mulher desejada de forma delgada,
Mas a figura MÃE, bem amada...
Que por quantas vezes se manteve alerta
De madrugada
Para que o filho tivesse um sono tranquilo.
Deixou de lado os melhores prazeres,
O perfume, a roupa,
Para te presentear com um mimo
Ou para te dar o sustento, se lançou à lida.
MÃE! Laboratório Divino!
Onde DEUS nos permite a vida...
Flor! És incapaz de retratar tanto:
Com toda a tua essência e docilidade
Falta-te o atributo maior, a maternidade...
De anjo de amor
Por tantos cantado em prosa e rima,
Às vezes é mulher, outras menina...
Suporta a dor do parto,
Que não suportaria nenhum outro ser vivente,
Como se fosse receber um presente...
Flor! Por mais que seja imaculada tua beleza,
Não superas a dessa figura amada e sua grandeza
Nos momentos de silêncio ou num sorriso.
Quando nos oferece o colo,
É como se Deus nos desse um pedacinho do paraíso.
Por nós, esconde as lágrimas, supera a própria dor,
MÃE! Tu és na Terra a manifestação
Do Divino amor.





Poesia extraída do livro: Idéias Meninas
Autor: Markito Moraes (AVS da CAP 1.0)






17/04 - A CAMINHO DO TRABALHO

 
H
oje, a caminho em minha labuta diária para travar uma luta constante contra um inimigo que mal se pode ver, em termos de proporcionalidade, seria um batalha covarde e desigual: Eu, um homem não muito alto, mas ainda assim um homem, contra um mosquito que mede um pouco menos de um centímetro quando adulto e bem gordinho.
Mas ele tem algumas vantagens: passa despercebido, ataca em quantidade e tem o apoio do descuido da sociedade. Um mal que já deveria ter sido erradicado de nosso meio, mas por conta da nossa “invigilância” ainda nos traz e trará muitos problemas.
AEDES AEGYPTI vulgarmente conhecido como mosquito da DENGUE e eu, nos gritos das crianças, sou o homem da dengue, isso quando elas não erram na forma “gritada” de anunciar e sai assim: mãe o homem com dengue tá aqui! Mas estes altos e baixos e momentos engraçados de nossa labuta descreverei pra vocês em outro momento. Voltemos ao caminho para o trabalho que tem algumas etapas: ônibus, trem e uma boa caminhada. Desembarco do trem todos os dias, ali na estação de Triagem, sigo a Rua Francisco Manuel e passo em frente à "Es s Ex" (Escola de Saúde do Exército). Sinto algo que não sentia há muito tempo, um velho e esquecido sentimento que todos nós um dia experimentamos. Todos que já passaram por aquele serviço militar obrigatório. Exageros a parte, digo exageros porque em meu tempo de soldado era levado a fazer coisas que não elevavam nem um pouco a autoestima, pelo contrário, destruía alguma que ainda restava. Deixemos para lá os abusos de autoridade e voltemos ao bom sentimento que me invadiu vendo a companhia em forma e ouvindo o Hino Nacional sendo executado pela banda militar. Fui tomado pelo orgulho de ser Brasileiro e uma vontade de fazer diferente, melhorar, mudar e lutar à medida que o Lábaro ia sendo hasteado! O sentimento interno subia como um pátrio termômetro! Ocorreu-me se todos aqueles jovens ali prestando o serviço militar obrigatório na Escola de Saúde do Exercito, que tem escrito no seu prédio principal “Aqui Começa o Serviço de Saúde”, fossem invadidos por esse sentimento nobre de mudar, lutar e fazer diferente, dessem baixa e saíssem formados em profissionais de saúde, o quanto não seria fortificado (reforçado) o nosso contingente para a luta diária contra o Aedes, a leptospirose, a leishmaniose e tantos outros males que batem a porta de nossa sociedade. Mas a grande maioria deles não será e nem sairão formados na área de saúde, só prestarão (cumprirão) o tempo obrigatório e amanhã serão apenas Antônio, José e João que desembarcaram naquela estação...

Gênero: Crônica
Autoria: MARKITO MORAES.
(Marco Moraes é AVS da CAP 1.0)



11/04 - Falar de Saúde, Falar da Saúde, Falar com Saúde


alar de saúde, falar da saúde, falar com saúde.
Falar de saúde é definir segundo a Organização Mundial de Saúde o que é SAÚDE e sua aplicação em nossa realidade diária.
Falar da saúde seria criticar, atacar o nosso sistema de saúde, repetir velhos discursos, o que não seria muito saudável e nem muito ético de minha parte já que sou um profissional de saúde. Seria como se diz vulgarmente "cuspir no prato que come”. Estaria sendo hipócrita se dissesse: Oh! Como está bom nosso sistema de saúde! Não, não é pra tanto, mas se cada um de nós, profissionais de saúde, fizermos dignamente nossa parte, pode melhorar. Poderemos exigir melhoras significativas para nós e fazer assim com que as coisas funcionem...

Falar com saúde é o que nenhum de nós podemos fazer! Afirmo isso sem medo de errar. Apoio meu argumento na definição da OMS que diz que: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doença.
Quem de nós, sem excesso de otimismo ou de fé, pode afirmar que atingiu o “Nirvana” e goza nos dias de hoje desse estado completo de saúde? Você consegue? Como eu, acho que não!

Toda essa falação inicial foi pra chegar a um ponto: Sou um AVS “Agente de Vigilância em Saúde” e hoje como em outro dia qualquer estava eu em minha lida quando fui tomado por esse espírito de observação que as vezes nos invade quando estamos um pouco mais sensível. Estava numa parte do meu quarteirão, na linha do trem, detectando e coletando focos de larvas de mosquito que podem ou não serAEDES AEGYPTI. Na comunidade em que trabalho e bem do meu lado, uma multidão de jovens sendo corroídos pelo vício, se me permitem a analogia “pelas larvas do CRACK” que devoram sonhos, perspectivas, laços de família, saúde e a vida de tanta gente. Encerrei ali minha coleta e parti para outro ponto pois é assim nosso trabalho. Chamei em um portão, que era uma tábua encostada entre dois marcos de tijolo sem reboco e um menininho gritou para um mulher magra, jovem mas acabada, que me atendeu logo depois: Mãe o moço da Dengue tá aqui! E ela me deixou entrar para a vistoria. Como me entristeceu aquela figura acabada, machucada pela vida, pelo vício, pois cheirava a álcool e por suas escolhas erradas. O desleixo com a casa, com a mobilia simples, demonstrava o descaso com a própria vida; as crianças sentadas em um lugar qualquer, no prato como refeição uma coisa qualquer e a vida sendo tocada de uma forma qualquer, com total indiferença...

Acho que seria muito menos doloroso ser um cronista de gabinete que pesquisa nos jornas, na internet fatos atuais e relaciona com sua vida e descreve como se realmente estivesse vivendo, do que esse confronto real com os problemas sociais. Não me coloco aqui na posição de um cronista, longe de mim, sou só um poeta e um AVS que relata algumas de suas tantas experiências diárias e traz a público pra que possamos entender.

Por que esses três tópicos me ocorreram? Falar de saúde, falar da saúde, falar com saúde. É bem verdade, não dá para negar, que o AEDES AEGYPTI é muito perigoso e ainda provoca vários óbitos em nossa sociedade, mas quantos jovens morrem diariamente pelas “larvas do CRACK”? quantas mães jovens, desestimuladas, vitimadas por vícios, por imprudência não provocam algum acidente doméstico ou deixam como que filhos se percam? Saúde é uma temática deveras extensa, complexa ao ponto que torna mais fácil em um texto falar da doença do que filosofar sobre a saúde, porque o estado de doença física ou emocional está mais próximo da nossa realidade do que um estado tão sonhado de completa saúde. “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças."

Crônica sobre Saúde, autoria de:
MARKITO MORAES.

______________________________________________________
06/04 Páscoa: Tempo de Reflexão e Mudança.

"Ave, Cristo!
Nasceu o mestre do amor,
O escultor de almas,
Alguém disse que ele é rei
Mas eu não sei
Como pode ele ser rei?
Se não traz consigo os artifícios da nobreza,
Nem a vaidade da riqueza.
Dizem os plebeus:
Rei da verdade, rei da humildade.
Quem é esse rei?
Que ao estender a mão,
Multiplica o pão.
Que fala de amor e perdão.
Que diz que o senhor. Tão orgulhoso e viril,
E seu escravo mais servil são irmãos.
Quem é esse rei? Tão despido das paixões
Que diz que as coisas do mundo são meras ilusões.
Que faz o cego ver, e o surdo o escuta
E põe abaixo a lei do homem,
Perdoando a prostituta.
Nós não sabíamos, e na nossa ignorância
O colocamos na cruz.
Mas era ele o Nazareno,
Condenado por orgulhosos:
O inocente crucificado entre dois criminosos.
Sim! Era ele o Nazareno da Cruz.
AVE CRISTO! AVE JESUS!
Esperança, Verdade e Luz...”

Autor: Markito Moraes
(AVS da CAP 1.0)
Poesia extraída do livro: Idéias Meninas , 2011.
______________________________________________________
    Blogger Comentario
    Facebook Comentario

3 comentários:

  1. O que falar do Markito?
    Eu trabalho com ele, posso dizer que ele é um amigo que nos ensina muito,que também faz enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido e sempre compartilha a sua experiência conosco, ele fala usando da verdade de um poeta.

    assim.... amigo ...
    ...O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã...
    Faça o bem assim mesmo.
    Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante...
    Dê o melhor de você assim mesmo.
    E veja você que, no final das contas...
    É entre VOCÊ e DEUS...
    Nunca foi entre você e eles!

    Adriana Lima ( AVS da CAP 1.0 )

    ResponderExcluir
  2. Markito, Marcão ou mesmo Marco, não importa, é um ser muito especial. Ele consegue transmitir essa grandeza de ser também através de sua poesias...

    Benedita (Colega de trabalho no P.A em Benfica)

    ResponderExcluir